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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

SUPERVISOR, COORDENADOR OU ENCARREGADO?

Transcrição do comentário de Max Gehringer sobre uma ouvinte que pergunta: qual é a diferença entre supervisor, coordenador e encarregado? E das três funções, qual é a mais valorizada no mercado?

A resposta pode ser surpreendente para muita gente. A diferença é nenhuma. As três são funções de chefia com mais de dois subordinados diretos. Como não existe qualquer determinação legal que estabeleça uma ordem de hierarquia, a decisão fica a critério de cada empresa.

Em uma, a função de supervisor pode estar acima das outras duas. E em outra, o supervisor pode ser a de menor grau entre as três. É possível também adicionar uma quarta função, a de gestor, que pode estar situada em qualquer estágio do organograma, do mais baixo ao mais alto.

Além disso, chefe tanto pode ser um apelido dado ao superior hierárquico, qualquer que seja o título da função dele, quanto o nome de uma função.

Meio confuso, né? É por isso que nos currículos é importante informar em que degrau o ocupante está. Por exemplo: coordenador de logística respondendo ao diretor industrial. Isso evita que a pessoa que for avaliar o currículo tenha que ficar adivinhando qual seria a estrutura da empresa.

Se a gente separar o organograma em duas partes, coordenadores, supervisores e encarregados ficam na parte de baixo. Na parte de cima, estão presidente, diretores, gerentes e chefes. Mas nem isso é uma regra definitiva. Há empresas em que o presidente é chamado de gerente geral e há gerentes de menor hierarquia abaixo dos diretores.

Para encerrar, por que eu disse lá no começo que são funções de chefia com mais de dois subordinados? Porque, uma regra elementar diz que quando um superior tem um único subordinado, um dos dois está sobrando. Num eventual programa de redução de custos ou de enxugamento de quadro, um dos dois sempre acaba sendo cortado. E normalmente é aquele que tem o salário mais alto.


Max Gehringer, para CBN em 23/09/2011.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

XUXA HOSTILIZADA NA CCJ

A sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara foi marcada na manhã desta quarta-feira, 21, por bate-boca entre parlamentares, sendo que o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) chegou a hostilizar e constranger a apresentadora Xuxa Meneghel, que realizava agenda na Casa. A reunião foi tumultuada do início ao fim porque os deputados discutiam a redação final da chamada "Lei da Palmada", que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e proíbe a aplicação de castigos físicos a crianças e adolescentes. A bancada evangélica é ferrenha opositora da matéria - que aguarda votação no colegiado há dois anos - e tentava evitar que ela fosse concluída.

Quando Xuxa chegou para acompanhar a sessão, ao lado da ministra dos Diretos Humanos, Ideli Salvatti, o clima tenso na reunião já havia provocado interrupção dos trabalhos. Quando evangélicos cobravam o presidente em exercício, Luiz Couto (PT-PE), a encerrar a sessão, o deputado Pastor Eurico hostilizou a apresentadora e disse que sua presença era "um desrespeito às famílias do Brasil". "A conhecida Rainha dos Baixinhos, que no ano de 82 provocou a maior violência contra as crianças", disse, referindo-se ao filme "Amor Estranho Amor", daquele ano, em que Xuxa aparece numa cena de sexo com um adolescente de 12 anos.

A declaração do Pastor Eurico gerou repúdio da maior parte dos deputados presentes, inclusive de parlamentares que questionavam o projeto, que classificaram a fala de "violência inaceitável". A apresentadora não se manifestou e, depois de encerrada a sessão, deixou a comissão sem comentar o assunto.

A fala, no entanto, ajudou a conturbar ainda mais a sessão, que acabou sem que o projeto fosse votado. Avisado da situação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), foi ao colegiado e tentou intermediar um acordo: a CCJ deverá se reunir novamente nesta tarde para tentar aprovar o projeto. Como tramita em caráter conclusivo e já foi aprovada por uma Comissão Especial, a chamada "Lei da Palmada" seguirá diretamente para o Senado quando aprovada pela CCJ.

Lei da Palmada

O projeto em discussão veda o "uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto". O texto também diz que o Conselho Tutelar, "sem prejuízo de outras providências legais", deverá aplicar as seguintes medidas aos pais ou responsáveis que aplicarem castigos físicos a menores: "encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família, encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico, encaminhamento a cursos ou programas de orientação, advertência ou obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado". Também diz que profissionais da saúde e da assistência social ou outra função pública devem informar casos de suspeita de castigo físico à autoridade competente.

A medida sofre forte resistência sobretudo da bancada evangélica, que tentou obstruir a votação nesta manhã e que queria trocar expressões utilizadas na redação. Durante boa parte do ano passado, parlamentares que se opõem à matéria conseguiram retirar o projeto da pauta do colegiado por sucessivas vezes. "As denúncias que se trazem para convencer são de crime com tipificação no Código Penal. O Estado não consegue aplicar a política de combate ao crime e querem impor o rótulo (de violência) na família", disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

Por outro lado, o relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), afirmou que o objetivo é proteger as crianças e adolescentes contra graves tipos de violência. "O que quer se combater é o espancamento e a humilhação de crianças e adolescentes", declarou. "Não posso acreditar que algum parlamentar acredite que a tortura é educativa."
 

terça-feira, 20 de maio de 2014

BALANÇA EXISTENCIAL

Hoje pela manhã, conversava com uma moça que dizia ser apaixonada pelo namorado, que ele era tudo o que desejaria num homem; que era um rapaz gentil, educado, atencioso, um namorado que faz uma mulher se sentir realmente amada. Mas, depois de muito elogiar seu amor, ela afirmou não poder mais ficar com ele, porque ele é um mau caráter. No momento não entendi, esperei um pouco mais para compreender o que a moça estava tentando me dizer. Fiquei ouvindo um pouco mais e nada da explicação, ela abriu a vida do rapaz do avesso falando as piores coisas do mundo. Disse que ele era um mentiroso, caloteiro, mulherengo, um homem que mulher nenhuma no mundo iria querer ficar perto. Ainda sem entender nada é feita a pergunta que alguns já devem ter pensado: “Este é o mesmo homem do começo da conversa?” A resposta foi afirmativa, ela falara o tempo todo da mesma pessoa, mas de duas formas totalmente diferentes.
 
Para entender um pouco o que acontece com esta moça e muitas outras pessoas, pode-se pensar da seguinte maneira: em Filosofia Clínica aprende-se que os conteúdos internos estão conectados uns aos outros das mais variadas formas, mas nem sempre a relação é amistosa. Esses conteúdos internos se encontram todos misturados, não há como separar uma coisa da outra, apenas didaticamente pode ser feito. No caso em questão, o conteúdo das emoções não conversa com o conteúdo da razão. Para entender como funciona na prática é necessário estudar o que é cada conteúdo e se estes estão  estruturados na pessoa.
 
O conteúdo das emoções é qualquer estado afetivo como: amor, ódio, prazer, dor alegria, etc. Este material estará presente em cada pessoa de acordo com as suas vivências. Para alguns, a riqueza de experiências afetivas faz delas pessoas muito maduras, ou seja, com bagagem existencial no que diz respeito às emoções. Pessoas que tem este tópico forte são conhecidas por serem emotivas, verem a vida a partir do amor, ódio, alegria e assim por diante. Outras pessoas sofrem o fato de não ter passado por vivências afetivas enriquecedoras. No caso desta moça, ela era uma menina nova e com pouca vivência afetiva, entrando em contato com um homem mais velho, muito vivido emocionalmente. O caso aqui não é a idade sensorial, do corpo, mas a idade emocional da menina e do rapaz com quem namora.
 
A razão é uma velha conhecida, tida por alguns como a salvaguarda da alma humana, ou seja, sem a qual o homem não é homem. Neste tópico estão localizados os conteúdos que são considerados válidos segundo regras lógicas estabelecidas. Não há, necessariamente, um certo e um errado na vida, mas na lógica há um termo válido e outro que não é válido. Algumas pessoas vivem a vida daqui, com uma análise fria do ponto de vista lógico e só então seguem seus caminhos. Como um empresário que gosta de seu funcionário, mas por meio do aparato lógico percebe que não há mais como manter a empresa com o custo atual e demite. A personagem do texto é vivida no que diz respeito à razão, ela consegue ver tranquilamente o que é ou não válido. Enquanto seu namorado é um homem pouco vivido na razão, não tem destreza no que diz respeito ao raciocínio.
 
Considerando que, no caso descrito no início do texto, a moça é muito mais crescida racionalmente do que emocionalmente, será que ela deixa o namorado? Neste caso ela continua com ele e continuará até que seu amor por ele acabe ou encontre um conteúdo com mais força do que este para afastá-lo deste homem. É importante entender que isso é assim e será possível compreender porque muitas pessoas vividas se deixam “enganar” por pessoas tão mais jovens. Não é a idade e a experiência que determinam as direções que a pessoa tomará na vida, mas a força que o conteúdo interno tem se levado em conta com toda a Estrutura de Pensamento.
 
 
Por: Rosemiro A. Sefstrom